segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Gratidão em Poesias, flores e livros 20/12/2014 II





Alguns trechos de beleza:



Ausência
Carlos Drummond de Andrade

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

"Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”. (Carlos Drummond de Andrade)

"Parece que recebo mais felicidade entre quatro paredes do que no meio das pessoas. Para mim, nunca foi difícil ficar sozinho. Sempre foi melhor. Era algo natural. Sou como esses animais que cavam buracos, é meu instinto. Quando estou só, recarrego a bateria, construo. Já fui deprimido, suicida, mas nunca fui um solitário. Ser só significa que outra pessoa pode resolver seus problemas. Eu precisava era de mim mesmo."
(Charles Bukowski) 

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