Talvez
ainda haja inocência em acreditar que o que acontece fora de nós, nada tem
haver conosco, mas, para pensar... Há diferença entre inocência e alheamento. Ainda
estamos sendo criados para a indiferença, mesmo que façamos algum
movimento valoroso, mesmo que tenhamos alguma ação dignificante, mesmo assim,
são momentos rápidos e cada um volta para seu mundo e fim! Acabou! Esqueceu!
Passou!
Tem
sido assim desde sempre e voltamos a dormir! Não sei até quando dormiremos numa
sociedade adoecida, criada por nós (TODOS) e sendo desconstruída e reconstruída
por alguns.
Desde
os pensamentos viciosos e degradantes aos atos de barbárie, há uma cadeia de ligação,
desde a minha “inofensiva” raiva contida até a minha “educada” omissão, cada
vez que não me dou conta que minhas ações são violentas, primeiro para comigo e
depois para com o próximo, eu também colaboro com a violência!
Quem
estupra iniciou indefeso a jornada, antes de estuprar, deve ter sentido raiva, a
raiva deve ter evoluído para o ódio, então eclodiu à agressão. Todo processo é
realizado passo a passo...
Quer
queiramos ou não, esse mundo que está aí, é o que fizemos e estamos sabendo
fazer dele! A dificuldade do outro me afeta, reflete em mim, da mesma forma que
minha ação interfere na vida do outro.
Desde
o ato mais simples ao mais complexo estamos vinculados.
Não
precisamos conhecer alguém para que este possa influenciar nossa vida.
Quer
um exemplo? Mohandas Karamchand Gandhi. Quer outro? Adolf Hitler.
Mas, podemos pensar em personalidades de menor projeção como um artista de
televisão, cantor... Portanto nossa ação influencia positiva ou negativamente,
a ação de qualquer ser deixa marcas.
Daí a importância de
pesquisarmos nosso íntimo e saber do que somos capazes, portanto reconhecer as
sombras que nos habitam, entendê-las e transformá-las, é um caminho essencial,
pois se não sei do que sou capaz, se a ignorância me conduz, qual minha real contribuição
na sociedade de paz que sonho?
Eu a(o) convida(o) a
pensar numa ação prática para que juntos possamos mudar o cinza que pintaram o
céu.
Eu aceito ser seu par
na plantação de uma cultura de paz!
Vamos juntos!?
Carinho meu
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